segunda-feira, 25 de julho de 2011

Não aos anúncios de fast food


A Academia Americana de Pediatria (AAP) apelou ao Congresso norte-americano para que aprove a proibição de todosos anúncios publicitários na televisão a fast-food durante os intervalos da programação infantil. A AAP vai mais longe e pede que este tipo de anúncios, incluindo à chamada junk food (alimentos processados com excesso de calorias) seja proibido também noutros suportes a que as crianças acedem regularmente e com frequência, como os telemóveis, a Internet e a inclusão de produtos desse tipo no cinema. A AAP considera que estas medidas podem contribuir significativamente para o controle e redução da epidemia de obesidade que afeta um terço das crianças americanas. A prevalência é semelhante à que se registra em Portugal. Sabe-se que a televisão é um importante fator potenciador do risco de excesso de peso e obesidade, pelo sedentarismo a que conduz, quando as crianças lhe dedicam demasiado tempo, pelo déficit de sono a que induz e pelo consumo de snacks enquanto se está sentado no sofá. Mas o que a AAP vem dizer é que a televisão não aumenta esse risco apenas porque substitui atividades físicas.
É também pelo conteúdo e pelas mensagens que passa às crianças. E essa parte deve ser controlada porque se trata de uma questão de saúde pública.
Enquanto o Congresso não aceder ao apelo da AAP, esta deixa recomendações aos pediatras e aos pais: que discutam com as crianças o conteúdo da publicidade, que promovam o sentido crítico e demonstrem como algumas mensagens são erradas.O apelo foi publicado na edição de Julho do jornal Pediatrics.

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