quinta-feira, 30 de junho de 2011

Publicidade móvel: Mercado a ser explorado no Brasil

A Mobile Marketing Association da América Latina (MMA Latam) realizou uma pesquisa com a Nielsen, sobre o mercado de mobile marketing em três países: Brasil, Argentina e México. Trata-se do primeiro levantamento feito nestes mercados a respeito do tema. O objetivo foi apurar o conhecimento e a utilização das ferramentas do mobile marketing pelas agências de publicidade e propaganda desses três importantes mercados latino-americanos.

A pesquisa teve como amostras as 100 principais agências de cada país, totalizando um universo de 300 empresas, divididas nas seguintes categorias: agências digitais, agências offline, agências de promoção e ativação, agências digitais e off line, e agências digitais, off line e de promoção. A pesquisa de campo foi realizada entre março e maio de 2011, com a participação de gerentes de mídia, atendimento e planejamento. No Brasil, esta pesquisa contou com o patrocínio da TIM.

“Nosso objetivo com essa pesquisa foi o de apurar como, onde e o quanto as agências de publicidade do Brasil, Argentina e México estão empenhadas em colocar a mobilidade nas campanhas de seus clientes. Esse é um tema novo e informações sobre o assunto ainda são escassas. Um dos resultados apurados é que 62% das agências no Brasil declararam que fizeram ações de mobile marketing em 2010 e para 2011 esse número cresce para 87%. Ao mesmo tempo, as agências brasileiras entrevistadas estão gastando apenas 4% de seu orçamento no canal móvel”, diz Jesper Rhode, chairman do conselho da MMA Latam.

Segundo Thiago Moreira, diretor de Telecom da Nielsen Brasil, “um dos principais pontos apontados pela pesquisa no Brasil é que a maioria das iniciativas das agências em mobile marketing utiliza multimídia, com jogos e downloads de músicas e vídeos. Com isso atinge um público que possui aparelhos mais avançados, high end, chegando, por exemplo, a atingir 50% somente entre aqueles que utilizam iPhones. Já 43% das agências argentinas e 41% das mexicanas devem dirigir suas campanhas de mobilidade móvel para iPhone.”

Para Rogério Takayanagi, diretor de Marketing da TIM, “O mobile marketing, apesar de não ter decolado ainda, possui um potencial incrível. Precisamos elevar o conhecimento sobre o assunto e mostrar que é um campo que pode ser mais explorado,” pontua. “Ajudamos no desenvolvimento da pesquisa justamente pela necessidade de se estruturar um modelo de negócios e de se estabelecer regras para os atuais players do mercado”, completa o executivo.

A pesquisa apontou também que no Brasil, para 83% das agências, o mobile marketing é um canal que pode ser melhor explorado e que 41% delas acham que a eficácia das campanhas móveis é afetada pela obrigatoriedade do pagamento do SMS pelo usuário.

Para as agências argentinas esses percentuais são, respectivamente, 65% e 29% enquanto para as mexicanas são, respectivamente, 44% e 26%. Esse é um dos motivos pelos quais as campanhas atuais de mobilidade são mais voltadas para os equipamentos high end, onde as pessoas conseguem acessar o conteúdo sem custos adicionais, apenas utilizando seus planos de dados.

No Brasil, 30 das 33 agências digitais entrevistadas declararam ter realizado ações de publicidade através dos celulares. Já em 2011 as agências pretendem direcionar 14% das suas campanhas para tablets, 11% para e-readers e 11% para netbooks.

Na Argentina os conteúdos das campanhas mais utilizados foram informações e alertas sobre produtos, vendas e ofertas (30%), jogos (26%) e downloads de músicas e vídeos (21%). Já no México os conteúdos das campanhas mais utilizados foram informações e alertas sobre produtos, vendas e ofertas (32%), downloads de músicas e vídeos (27%) e jogos (20%).

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