terça-feira, 12 de outubro de 2010

Publicidade brasileira é a que mais cresce no mundo

São Paulo - O Brasil foi o país do mundo que registrou a maior alta nos gastos com publicidade no primeiro semestre deste ano: 50,2%. A comparação é com o primeiro semestre do ano passado. Puxado por Brasil e México (alta de 40%), a América Latina foi a região em que a publicidade mais cresceu no período (44.5%).

Os dados são da consultoria Nielsen. O gasto global com publicidade cresceu 12,8% nos primeiros seis meses do ano, chegando a US$ 238 bilhões.

O aquecimento do mercado brasileiro explica a disputa pela Talent, de Júlio Ribeiro, uma das últimas grandes agências nacionais que não tinha sido vendida ainda para grupo estrangeiros. Depois de vencer a disputa para o maior grupo de publicidade do mundo, a WPP, a francesa Publicis anunciou na semana passada a compra de 49% da agência brasileira. Os valores não foram divulgados. A reportagem apurou que a agência teria sido avaliada em US$ 150 milhões para esta operação.

Segundo a Nielsen, a recuperação do mercado publicitário se deve ao “boom” dos países emergentes e à volta dos investimentos na publicidade de automóveis, bens de consumo duráveis e não duráveis, serviços financeiros e de telecomunicações.

A publicidade cresceu em 35 de um total de 37 países pesquisados pela Nielsen, sendo que em 26 a alta foi superior a 10%. A retração atingiu apenas os Emirados Árabes (-5,8%) e a Irlanda (-3.2%). Os mercados da América do Norte e da Europa, que concentram 23% do faturamento global, caminham lentamente para uma recuperação, com algumas categorias, como automóveis e duráveis, mostrando mais vigor. “Essas categorias registraram as maiores altas na comparação ano a ano, o que é um indicador importante de que anunciantes e consumidores estão mais confiantes a gastar”, disse Michele Strazzera, vice-diretora da Nielsen Global AdView.

Depois da América Latina, a segunda maior alta foi registrada no Oriente Médio e África (23,8%). O terceiro país com maior crescimento, atrás de Brasil e México, foi o Egito, com 36,4%.

13/10/2010 - Agências - Folhapress

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